A Polícia Militar do Rio vai investigar se policiais da corporação estão envolvidos no roubo de bocas de fumos de São Gonçalo e Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Segundo investigação da Corregedoria, em alguns ataques, os traficantes acabaram sendo mortos, e os investigados, baleados.
O relatório da investigação aponta que uma quadrilha, intitulada os “Fantasmas”, que seria formada por ao menos três sargentos, dois cabos, um ex-cabo e dois moradores de Itaboraí, teria assaltado seis pontos de drogas nos últimos meses. Em dois dos casos, houve mortes.
A meta do Grupo era subtrair capital, oriundo da venda de entorpecentes, extorquir criminosos que porventura fossem capturados e comercializar as drogas e armas que fossem arrecadadas.
O documento, produzido no ano passado a partir de ligações recebidas pelo Disque-Denúncia, foi feito pelo 7º BPM (São Gonçalo) e entregue à Corregedoria da instituição, que passou a investigar os policiais.
Um dos assaltos teria acontecido no dia 13 de setembro de 2024 em um dos acessos à comunidade do Buraco Quente, em São Gonçalo. Os policiais teriam rendido dois bandidos que estavam no local. Toda a ação durou menos de 50 segundos e foi filmada.
O documento afirma que traficantes que estavam na boca de fumo perderam cocaína, maconha, armas e dinheiro. As investigações apontam que dois PMs e um ex-policial militar participaram da empreitada.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que “os procedimentos conduzidos pela Corregedoria Geral da corporação transcorrem de maneira técnica e minuciosa, não cabendo exposições de dados que possam atrapalhar as apurações”.
Ainda segundo a PM, a intuição “não compactua com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.