A Eletronuclear está retomando seu Plano de Aceleração da Linha Crítica da usina Angra 3, de acordo com o presidente da estatal, Eduardo Grand Court. Em entrevista à Agência Brasil, Grand Court afirmou que a empresa conseguiu uma liminar judicial suspendendo o embargo que havia sido imposto à empresa pela prefeitura de Angra, destravando momentaneamente as obras.
— Estamos no início de uma retomada, trabalhando com a empresa Ferreira Guedes, que ganhou a licitação. Esta é a primeira etapa do projeto — disse Grand Court.
Ele destacou, porém, que a grande retomada da obra ocorrerá apenas quando for feita uma licitação internacional para contratação de projetista, fornecedor e construtor, simultaneamente, chamados de ‘epecistas’. Essa etapa ainda depende da modelagem que está sendo feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que determinará os investimentos necessários e a melhor forma de retomar o empreendimento com vistas à sua conclusão.
Para o presidente, isso deve ocorrer apenas no ano que vem. Cerca de R$ 7,8 bilhões já foram investidos em Angra 3, que necessitará de mais R$ 20 bilhões para ser concluída e poder entrar em operação em 2029. Grande Court recordou que, em 1985, começou a ser escavada a rocha sobre a qual Angra 3 está sendo construída, mas os trabalhos ficaram parados até 2010. Até o momento, 65% da obra estão concluídos, incluindo a compra de equipamentos e a parte de engenharia que já tinha sido iniciada até a última paralisação da obra.