O Rio Grande do Sul enfrenta uma devastação sem precedentes devido às intensas chuvas que assolam o estado desde o final de abril. Os números recentes divulgados pela Defesa Civil do estado mostram que subiu para 169 o número de mortos, enquanto 56 pessoas permanecem desaparecidas. Mais de 806 indivíduos foram feridos em consequência dos eventos climáticos adversos.
A catástrofe afetou mais de 2,3 milhões de pessoas em diversas comunidades, deixando 581 mil desabrigadas. Atualmente, cerca de 55.813 cidadãos estão em abrigos temporários e inúmeras famílias permanecem isoladas devido às cheias dos rios, córregos e lagos. O esforço de resgate incluiu o salvamento de 77.711 indivíduos e 12.503 animais.
Apesar de uma pausa nas chuvas intensas durante o último fim de semana, o nível do lago Guaíba continua acima dos quatro metros, excedendo em um metro a cota de inundação. A situação é semelhante na Lagoa dos Patos, onde o nível permanece acima dos 2 metros, ultrapassando a cota de inundação em 1,3 metro.
As previsões meteorológicas indicam a possibilidade de mais chuvas, acompanhadas por granizo, geadas e ventos fortes, ampliando ainda mais os desafios enfrentados pela população e pelos serviços de emergência.
A falta de energia elétrica ainda atinge mais de 113 mil pontos em todo o estado, afetando também o retorno às aulas, com 588 escolas ainda sem funcionamento. Além disso, 67 trechos de rodovias estão bloqueados total ou parcialmente, complicando o acesso e a locomoção em 42 rodovias, incluindo estradas, pontes e balsas, conforme relatório do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), em conjunto com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) e a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).
