sexta-feira, novembro 22, 2024
Com Beto Carmona
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MC Poze é absolvido de acusações de tráfico e apologia ao crime

O funkeiro MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, foi absolvido pela Justiça das acusações de tráfico de drogas, apologia ao crime e corrupção de menores, crimes pelos quais respondia desde 2020. A decisão, proferida pela juíza Daniella Alvarez Prado, afirma que as letras de suas músicas, apesar de conterem menções à violência, não configuram apologia ao crime.

As investigações apontavam que MC Poze teria promovido uma facção criminosa em suas apresentações, chegando a receber R$ 20 mil para cantar na festa de um traficante na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em depoimento, ele admitiu ter participado do tráfico entre 2015 e 2016 como “vapor”, um vendedor de drogas, na Favela do Rodo, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. No entanto, ele afirmou que abandonou o envolvimento com o crime após a comunidade ser tomada pela milícia.

Entre as provas reunidas no inquérito, havia fotos em que o cantor aparece segurando armas de fogo, incluindo fuzis e uma granada, que ele alegou serem de seu passado no tráfico. Apesar das evidências, a juíza destacou na sentença que as falas do cantor são “genéricas” e que criminalizar o funk como manifestação cultural seria uma marginalização dos grupos sociais envolvidos nesse gênero musical.

Investigação sobre Esquema de Sorteios Online

Enquanto foi absolvido das acusações de tráfico, MC Poze e sua esposa, a influenciadora Vivi Noronha, continuam sob investigação em outro caso. Eles são suspeitos de envolvimento em sorteios fraudulentos nas redes sociais, um esquema que teria movimentado R$ 10 milhões entre 2022 e 2023. A operação, denominada “Rifa Limpa”, apura indícios de que prêmios sorteados por Vivi, entre eles um Tesla Cybertruck e valores em dinheiro, teriam servido como fachada para a lavagem de dinheiro.

Vivi Noronha teria usado seu perfil no Instagram, com mais de 1,6 milhão de seguidores, para atrair participantes aos sorteios, que incluíam cotas de R$ 0,99 e promessas de premiações extras para quem adquirisse mais bilhetes. A Polícia Civil apontou que a influenciadora oferecia prêmios em dinheiro, com valores entre R$ 500 e R$ 100 mil.

A operação também envolveu buscas e apreensões em clínicas e residências de outros suspeitos, incluindo o blogueiro Roger Rodrigues Santos, o cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, e funcionários que promoviam rifas ilegais. Embora MC Poze não tenha sido diretamente alvo das buscas, ele segue na mira das autoridades por possível participação no esquema.

A investigação prossegue com o objetivo de identificar os fluxos financeiros e confirmar as fraudes nos sorteios realizados, que, segundo a polícia, beneficiaram amplamente Vivi Noronha e sua rede de contatos.

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