Um novo estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revela um cenário preocupante para a nossa floresta: o Brasil precisa recuperar 21 milhões de hectares de vegetação nativa para cumprir as exigências do Código Florestal. Ao mesmo tempo, milhões de hectares já recuperados poderiam gerar renda para os proprietários rurais por meio de pagamentos por serviços ambientais.
O 3º Panorama do Código Florestal, realizado pela UFMG, analisou dados de mais de 7 milhões de propriedades rurais brasileiras. A pesquisa mostrou que o país possui um potencial enorme para a restauração florestal e a geração de renda no campo.
“A gente tem uma conta muito simples: 21 milhões de hectares para recuperar e outros 74 milhões que poderiam gerar renda para os proprietários”, explica Felipe Nunes, pesquisador da UFMG. “É uma oportunidade única para o Brasil se consolidar como líder mundial em restauração florestal e sustentabilidade agrícola.”
Pagamentos por serviços ambientais: Proprietários que mantiverem suas áreas de preservação podem receber pagamentos por serviços como a proteção da água e a captura de carbono.
- Fraudes e desmatamento ilegal: O estudo identificou um aumento de registros irregulares, principalmente na Amazônia Legal, o que pode prejudicar a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.
- Importância do Cadastro Ambiental Rural (CAR): O CAR é uma ferramenta fundamental para o monitoramento do desmatamento e a implementação de políticas ambientais, mas precisa ser aprimorado para evitar fraudes.
A recuperação de áreas degradadas e a valorização dos serviços ambientais são essenciais para a conservação da biodiversidade, a mitigação das mudanças climáticas e o desenvolvimento econômico do Brasil. O estudo da UFMG aponta o caminho para um futuro mais sustentável, mas exige ações coordenadas de governos, empresas e sociedade civil.