A greve dos funcionários da Eletronuclear entra hoje na segunda semana. A mobilização começou na terça-feira da semana passada e até o momento parece não haver solução.
Os trabalhadores querem reajuste salarial de cerca de 10% e mudanças na política de corte de despesas da empresa.
Os quatro primeiros dias foram marcados pela mobilização de pessoas no acesso às usinas e queixas sobre intimidação a funcionários que não aderiram ao movimento. A greve é liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Energia Nuclear (Stiepar).
Ainda na manhã de quinta-feira (10), representantes da Eletronuclear e da Associação dos Empregados da Eletronuclear estiveram reunidos com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), sempre ela, para iniciação de um processo de negociação.
Segundo uma nota do STIEPAR, “a SEST no encontro afirmou que não interfere nas negociações entre estatais e sindicatos, assegurando às empresas total liberdade para negociar com seus trabalhadores”, ao contrário do que dizem os diretores da empresa.
Funcionários da Eletronuclear que trabalham na sede da empresa no Rio de Janeiro também aderiram a greve dos funcionários da área industrial.
A unidade Angra 2 segue operando com plena segurança, sem qualquer impacto nas atividades essenciais. Já a unidade Angra 1 segue normalmente com suas atividades de parada programada para troca de combustível.
A companhia afirma que não há qualquer risco para a população, trabalhadores e meio ambiente.