Funcionários da Santa Sé instalaram na sexta-feira (2) uma chaminé no telhado da Capela Sistina para indicar a queima das cédulas do conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco.
A reunião secreta começa nesta quarta-feira (7) e os cardeais vão usar a chaminé para comunicar ao mundo exterior quando elegerem um novo líder para a Igreja Católica. A fumaça preta significará que não houve decisão. Já a fumaça branca anunciará que o papa de número 267 terá sido eleito.
Os trabalhadores fixaram um cano cor de ferrugem acima das telhas da Capela Sistina, do século 15, conhecida por seus afrescos de Michelangelo. Espera-se que ao menos 132 cardeais, cerca de 80% deles nomeados por Francisco, votem no sucessor. Os dois últimos conclaves, realizados em 2005 e 2013, foram encerrados no final do segundo dia de votação.
Ao longo da semana houve declarações indicando que a votação deve ser rápida. O arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, negou que a Igreja esteja dividida às vésperas do conclave. Ele disse que os cardeais elegerão um Papa que dará continuidade às principais linhas do pontificado de Francisco. “A Igreja não está dividida. Existem formas diferentes de pensar, mas isso é normal. O clima no colégio cardinalício está muito tranquilo, há uma profunda fraternidade entre nós”, reforçou.
Rumo a seu primeiro conclave, o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, conta que os cardeais já começaram a debater os desafios do sucessor do Papa Francisco. Em Roma desde o último dia 23, ele celebra a presença de eleitores de novos países, mas diz que a geografia não influirá na escolha do novo Pontífice. “Desejo um conclave rápido. O povo precisa ver logo quem é o novo Papa”, defende.
Este será o conclave mais global da História, com cardeais de países que nunca participaram antes da eleição de um Papa.
