Dados do MapBiomas divulgados na última segunda-feira (27) mostram que a Mata Atlântica perdeu 2,4 milhões de hectares de floresta entre 1985 e 2024, o equivalente a 8% da vegetação que restava no início da série histórica.
Metade do desmatamento recente atingiu florestas maduras, com mais de 40 anos de idade. Essas áreas são justamente as que mais concentram biodiversidade e estoque de carbono.
Atualmente, o bioma mantém apenas 31% de sua vegetação natural. A agricultura continua seguindo como principal vetor da transformação da paisagem, destacando-se a soja, a cana-de-açúcar e o café.
A silvicultura também registrou crescimento considerável, representando metade da atividade nacional no setor – o crescimento urbano duplicou e já alcança 77% dos municípios da região.
A importância das ações locais de preservação e recuperação da vegetação nativa, para combater os efeitos do desmatamento, é estratégica: apesar da desaceleração do desmatamento, foram registrados nos últimos cinco anos uma média de 190 mil hectares desmatados por ano.

