Em novembro, os juros do crédito pessoal e do cartão rotativo voltaram a subir para as famílias brasileiras, conforme dados fornecidos pelas Estatísticas Monetárias e de Crédito. Divulgadas nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central (BC), as informações mostraram que a taxa média anual chegou a 59,4%, com destaque para os 440,5% do cartão rotativo.
No crédito pessoal não consignado, a alta foi de 5,5 pontos percentuais, chegando a 106,6% ao ano. Já o cartão parcelado registrou aumento de 3,2 pontos, ficando em 181,2% ao ano.
Apesar dos limites na cobrança de juros do rotativo, que colocados em prática desde o ano de 2023, os valores continuam elevados – o rotativo é acionado quando o consumidor paga menos que o valor total da fatura do cartão.
Em relação às empresas, a média de juros caiu 0,6 ponto no mês, chegando a 24,5% ao ano. O ponto de destaque fica para a redução nas taxas de capital de giro e desconto de duplicatas.
O aumento dos juros acompanha a Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo BC e utilizada para controlar a inflação. Ela ficou mantida em 15% ao ano e, por conta disso, o crédito encarece e o endividamento das famílias segue elevado, com 49,3% da renda comprometida com dívidas.
