Em entrevista exclusiva ao programa Talk Show, da Costazul FM, o presidente da Eletrouclear, Leonam Guimarães (foto), explicou alguns pontos do plano de emergência externo (PEE) das usinas nucleares de Angra em caso de acidentes envolvendo componentes radioativos e que, por isso mesmo, foi tomada a decisão de não desligar as unidades Angra I e Angra II, apesar do pedido de autoridades como o prefeito angrense, Fernando Jordão.
De acordo com Leonam, ainda haveria muita ‘desinformação’ a respeito do plano de emergência. Os procedimentos previstos nesta operação, e que são testados regularmente, preveem deslocamento de pessoas apenas no raio de 3km a 5 km da central nuclear de Itaorna. Não há nenhum cenário de acidente, portanto, com previsão de evacuação de toda a cidade, por exemplo.
— Os critérios técnicos para um eventual desligamento das usinas não foram registrados. Não existe previsão de evacuação de uma cidade inteira ou de enorme contingente de pessoas, pois não há previsão de acidente desta natureza — explicou o dirigente, reforçando que o raio de ação do atual PEE vai do Bracuí, em Angra, até Ubatuba/SP.
O presidente da empresa afirmou que entende os pedidos de desligamento das usinas, mas afirmou que fazer isso traria ainda mais prejuízo para as cidades da região. Segundo ele, estes pedidos decorrem decorrem da ‘emoção e comoção’, inclusive nos tomadores de decisões políticas.
— A Eletronuclear é parte da família Costa Verde. Fazemos parte da comunidade e temos mais de 1,2 mil funcionários residindo na região. O que ocorreu em Angra e Paraty nos toca muito e estamos dando todo o apoio possível, inclusive apoiando com máquinas e equipamentos — garantiu Leonam.
Acompanhe a rádio Costazul FM (93,1 FM) para informações regulares sobre as cidades da Costa Verde. A íntegra da entrevista com Leonam dos Santos você confere neste link.