O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) renovou a licença ambiental de instalação da usina nuclear Angra 3, que ficará no complexo na Praia de Itaorna, em Angra, onde já estão as outras duas usinas da cidade.
O documento com validade de seis anos exige cumprimento de alguns critérios para ser validado, como explica Paulo Augusto Gonçalves, assessor de Licenciamento Nuclear e Ambiental da Eletronuclear.
— Para obter a licença de instalação estabelecemos alguns critérios para comprovar junto ao Ibama que estamos controlando a obra, como por exemplo: níveis de ruídos; destinação correta dos resíduos (para garantir que não afetem os córregos e mares da região), segurança dos trabalhadores e um plano de emergência da central nuclear de Angra — diz ele.
Além disso, a Eletronuclear precisa garantir investimentos em programas sociais, em áreas como a saúde, educação, saneamento básico e segurança para a região.
Em fevereiro, a empresa já havia assinado o contrato com o consórcio formado por Ferreira Guedes, Matricial e ADtranz, que assumirá a retomada das obras civis da planta e parte da montagem eletromecânica. No momento, este consórcio está na fase de mobilização do canteiro de obras para reiniciar de fato a construção da usina.
Prevista para ser inaugurada em fevereiro de 2028, a conclusão de Angra 3 é importante para garantir segurança de abastecimento ao sistema elétrico brasileiro. A geração da unidade será suficiente para atender 4,5 milhões de pessoas. Com a entrada da planta em operação, a energia gerada pela central nuclear de Angra será equivalente a quase 60% do consumo do Estado do Rio de Janeiro e 3% do consumo do Brasil.