sexta-feira, novembro 22, 2024
Com Beto Carmona
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No dia mundial do Rádio, veículo se destaca em lutas a favor da Paz

O dia 13 de fevereiro foi definido pela Unesco, organismo das Nações Unidas, como o dia mundial do rádio. A data remete ao pós-guerra, em 1946, após a transmissão histórica feita pela própria rádio da ONU, com as seguintes palavras: “Estas são as Nações Unidas chamando as pessoas de todo o planeta”.

Apesar da intenção de falar para as pessoas de todo o planeta, apenas seis países, de fato, foram alcançados pela transmissão histórica. Décadas depois, o dia 13 de fevereiro tornou-se o dia mundial do rádio, que é o meio de comunicação mais consumido do planeta, segundo relatórios internacionais.

A data foi proclamada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) para falar da importância do rádio, seu alcance e como ele pode colaborar para a construção da democracia. Desde que foi instituída, em 2011, questões como igualdade de gênero, juventude, esporte, diversidade e confiança já foram temas das edições da data, que envolvem centenas de estações de rádio de todo o mundo.

Em 2023, a ONu propôs um debate internacional sobre o rádio e a paz.

— Em calamidades, pandemias, conflitos armados e guerras, o rádio traz informações privilegiadas, de segurança, e acaba, por vezes, sendo o único meio de comunicação. Estamos falando de cenários sem luz elétrica, e o rádio consegue chegar por funcionar à pilha, por exemplo. O rádio salva vidas — explica Adauto Cândido Soares, coordenador de Comunicação e Informação do Escritório da Unesco no Brasil.

Em localidades de conflito deflagrado, ou mesmo em países que atravessam situações de calamidade, as próprias Nações Unidas, por meio de suas Missões de Paz, montam estações de rádio para trazer informação segura e confiável para a população local e também como instrumento para consolidação da paz e da estabilidade. Foi assim no Haiti (rádio Minustah FM), Timor-Leste (Rádio Unmit), Costa do Marfim (rádio Onuci FM), Sudão do Sul (rádio Miraya) e na Libéria (Rádio Unmil). Neste país, por exemplo, a rádio da missão alcançava aproximadamente 75% do território da Libéria e falava para cerca de 4,5 milhões de pessoas – o que dá 80% da população.

E não são só locais devastados pela guerra ou pela natureza que o rádio alcança. Na África subsaariana, um quarto da população não tem acesso à internet. Tudo é feito pelo rádio, segundo Cândido Soares, da Unesco.

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