Um estudo desenvolvido pelo Instituto Gonzalo Muniz, da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia, apontou que as políticas públicas em curso no Brasil não são suficientes para que o país atinja as metas fixadas pela Organização Mundial de Saúde, voltadas para a eliminação da tuberculose. Ao contrário, a tendência atual é de um aumento na incidência da doença.
Em 2023, o Brasil registrou 39,8 casos de tuberculose por 100 mil habitantes. As projeções do estudo indicam que, até 2030, a incidência será ainda maior: 42,1 por 100 mil pessoas. O cenário brasileiro está na contramão da meta de eliminação da doença na região das Américas em 2035.
A expectativa da OMS é reduzir a incidência em 50% no ano de 2025 e 80% em 2030, em comparação com as taxas de 2015. Se o Brasil estivesse na direção almejada, deveria ter chegado em 2023 com 6,7 casos por 100 mil habitantes.
A tuberculose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria, também conhecida como bacilo de Koch. Ela afeta principalmente os pulmões, mas pode atingir outros órgãos, como rins, ossos, meninges e linfonodos.
A tuberculose é transmitida por via aérea, através da inalação de gotículas contaminadas liberadas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. A doença é mais comum em locais com aglomerações e condições precárias de higiene.
Os sintomas mais comuns incluem:
– Tosse persistente (por mais de 3 semanas);
– Febre;
– Sudorese noturna;
– Perda de peso;
– Cansaço excessivo;
– Tosse com sangue (em casos mais avançados).
Tratamento:
A tuberculose tem cura e o tratamento é feito com antibióticos específicos por um período mínimo de 6 meses. O esquema mais comum inclui rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. É essencial seguir o tratamento corretamente para evitar resistência bacteriana.
Prevenção:
– Vacinação com BCG (protege contra formas graves da doença);
– Evitar contato prolongado com pessoas infectadas;
– Manter ambientes ventilados e iluminados.