O primeiro dia de 2025 foi marcado por um cenário lamentável em alguns bairros de Angra dos Reis. Lixo espalhado pelas ruas, sacos abarrotados nas calçadas e um odor incômodo deram o tom no Parque Mambucaba e na Vila Histórica de Mambucaba, uma das regiões mais populosas do município. A situação, reflexo de uma possível administração desorganizada, contrastou com o potencial turístico da cidade, que depende de sua imagem limpa e acolhedora.
De acordo com a Secretaria Executiva de Serviço Público, o problema decorreu da alta demanda causada pelas festas de fim de ano, somada à superlotação dos bairros. Em nota enviada à rádio Costazul, o órgão justificou que “o grande número de pessoas e veículos dificultou o acesso das equipes às ruas”. A promessa era de que o serviço seria normalizado até sexta-feira (3), o que começou a acontecer pela manhã, quando o lixo acumulado desde a última coleta, realizada em 30 de dezembro, começou a ser recolhido.
No entanto, relatos de fontes revelaram uma situação mais grave. Dos cerca de 50 garis escalados para trabalhar no feriado do dia 1º, apenas cinco compareceram. A ausência maciça seria resultado de atrasos nos pagamentos pela empresa Angra Meio Ambiente S/A, contratada pela prefeitura em 2021 por mais de R$ 1 bilhão. Segundo denúncias, salários, 13º e valores retroativos estavam em atraso, levando os funcionários a protestarem com a paralisação.
Enquanto a prefeitura tenta se justificar, o impacto recai sobre moradores e turistas, que se depararam com um cenário caótico e insalubre. A questão que ecoa é: quem será responsabilizado pelo prejuízo à imagem de Angra e pelos transtornos causados à população?
A empresa Angra Meio Ambiente S/A não retornou as tentativas de contado. O canal permanece aberto para um posicionamento.
