quarta-feira, janeiro 8, 2025
Com Beto Carmona
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Até onde o nosso direito pode invadir o espaço do outro?

*Por Tatiane Cardoso

Festas de fim de ano, corre-corre e… Mercado cheio! Lá fui eu fazer aquelas comprinhas de última hora. Já sabia que o lugar estaria lotado e as filas seriam longas. Mas, no espírito de “vamos lá, rapidinho!”, entrei na marra, mesmo sabendo que o “rapidinho” nunca é bem assim, não é? Uma hora e meia depois, lá estava eu, tentando sair antes que o caos me pegasse de surpresa.

Escolhi uma fila, sem muita escolha, já que todas estavam grandes. Na minha frente, só duas pessoas: um jovem com um carrinho cheio e uma senhora com bem menos compras. “Beleza”, pensei. Vai ser rápido.

Foi então que a cena se desenrolou. A esposa do rapaz apareceu com outro carrinho, e não era só um carrinho… era um carrinho lotado até o topo. Aquele tipo de cena que faz seu coração afundar. Sem qualquer cerimônia, ela empurrou o carrinho para o lado do marido, como se fosse a coisa mais normal do mundo de repente entrar numa fila já estabelecida, em que ninguém foi avisado que ela chegaria.

Eu fiquei olhando, meio incrédula. Não aguentei e soltei: “Desculpa, você está entrando nessa fila?” E ela, com toda a tranquilidade do mundo, respondeu: “Ah, não! Ele é meu marido. Somos uma pessoa só. Então, é como se fosse o mesmo carrinho.”

Olhei para a senhora à minha frente, que apenas soltou um “Caramba… confiei que ele só tinha aquele carrinho.” Enquanto o casal seguia firme no argumento: “Todo mundo faz isso… Qual o problema?”

Bom, aí você respira fundo e pensa: “Será que sou só eu que me incomodo com isso?” Mas, sinceramente, não dava pra ficar quieta. Comentei com eles: “Você faz errado porque todo mundo faz? Não percebe que isso prejudica quem está atrás? A fila que parecia de um tamanho, de repente, aumentou. E quem está atrás acaba prejudicado. Pense nisso.”

A moça não achou que estava errada. Eu, sem paciência para mais discussões, mudei de fila. Mas fiquei pensando:

E você, leitor? O que faria? Não é ilegal, mas é moral? Até onde o nosso direito pode invadir o espaço do outro?

Será que falta empatia nas pessoas, se colocar no lugar do outro?

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