O Rio Grande do Sul já contabiliza 29 mortes devido às chuvas recentes que têm afetado o estado. Além disso, 60 pessoas estão desaparecidas. O governador, Eduardo Leite, prevê que esses números podem aumentar nos próximos dias.
“Infelizmente, com muita dor, acredito que o número de vítimas será maior, pois não conseguimos acessar algumas áreas isoladas”, afirmou.
Atualmente, 4.645 pessoas estão em abrigos e outras 10.242 estão desalojadas. Ao todo, 154 municípios foram impactados pelas chuvas. O governador ressaltou a importância de seguir as orientações de evacuação em áreas atingidas. “Estamos enfrentando uma situação excepcional.”
Mais de 328 mil locais estão sem energia elétrica, e 541,5 mil clientes estão sem água potável. Além disso, 494 escolas em todo o estado foram afetadas, seja por danos, por servirem de abrigo, ou por problemas de transporte e acesso.
De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), existem 139 trechos bloqueados em 60 rodovias, entre estradas e pontes.
Previsão de mais chuvas
A previsão indica que as chuvas continuarão até, pelo menos, o próximo sábado (4) nas regiões noroeste, norte, região central e vales, com uma estimativa de 200 milímetros. Devido à gravidade das inundações, a orientação é que os moradores das áreas afetadas se afastem de regiões recentemente alagadas.
O governador acrescentou que os níveis dos rios devem continuar subindo durante o fim de semana, e a água levará tempo para recuar.
Barragens em risco de colapso
A barragem do Blang, no Rio Caí, em São Francisco de Paula, está em situação de emergência. Leite conversou com Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para implementar o plano de ação de emergência, removendo as pessoas que vivem nas proximidades.
Um possível rompimento da barragem pode afetar São Francisco de Paula, Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Vale Real e Feliz. Outra represa que abastece Bento Gonçalves está sendo monitorada pelo governo estadual.