O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) passou a integrar a rede da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi) de fabricantes de vacinas no Sul Global. A rede internacional apoia a fabricação de vacinas e outras respostas rápidas e equitativas para futuras epidemias e ameaças de doenças infecciosas. A formalização do ingresso aconteceu nesta segunda-feira (29) durante a Cúpula Global de Preparação para Pandemias 2024, no Rio de Janeiro.
Bio-Manguinhos, um dos maiores fabricantes de vacinas da América Latina, terá um impulso significativo nos esforços de produção de vacinas na região da América Latina e do Caribe. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a inclusão na rede aumentará a capacidade de produzir imunizantes, recebendo US$ 17,9 milhões (aproximadamente R$ 92 milhões) da Cepi. Esses recursos serão destinados à diversificação das capacidades de fabricação de vacinas e ao apoio ao Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS), no Campus de Santa Cruz, Rio de Janeiro. A Fiocruz prevê que o desenvolvimento adicional do CIBS tornará o local o maior centro de produção de vacinas da região, capaz de produzir 120 milhões de frascos por ano, atendendo à demanda crescente no Brasil, América Latina e no mundo.
A rede pretende reduzir o tempo necessário para fabricar e validar os primeiros lotes de vacinas experimentais, possibilitando uma resposta a um surto crescente em apenas 100 dias, um objetivo apoiado por líderes do G7, G20 e da indústria. Essa redução pode ser crucial para deter futuras pandemias durante seu curso.
A Fiocruz é o quinto membro da rede global de fabricação da Cepi, juntando-se ao Serum Institute, da Índia; à Aspen, da África do Sul; ao Institut Pasteur de Dakar, do Senegal; e à Bio Farma, da Indonésia.
