Os dados são estarrecedores: a ONU registrou quase 12 mil crianças mortas ou mutiladas em zonas de conflito no ano de 2024, o que representa um aumento de 25% nas violações em relação ao ano anterior. As informações constam no relatório divulgado na quinta-feira (19) pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.
A maioria dos crimes foi atribuída a forças governamentais ou grupos armados não estatais: foram 4.676 mortes e 7.291 mutilações, além de milhares de casos de sequestro e recrutamento forçado, entre outros.
O documento também destaca o uso sistemático de violência sexual como tática de guerra e a crescente negação de acesso humanitário às crianças, que ficaram sem cuidados médicos, alimentação e proteção.
Os maiores números de violações ocorreram na Faixa de Gaza, República Democrática do Congo, Somália, Nigéria e Haiti. A ONU segue alertando para a impunidade e a ausência de mecanismos eficazes de proteção em contextos de conflito, cobrando ações urgentes para garantir os direitos das crianças.