segunda-feira, novembro 24, 2025
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COP30 menciona afrodescendentes pela 1º vez em documentos oficiais

Quatro documentos finais da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) citam os afrodescendentes como um grupo vulnerável às mudanças climáticas. A medida, que é inédita em se tratando do evento, é vista como avanço para políticas mais inclusivas e representativas.

As menções aparecem nos documentos “Transição Justa”, “Plano de Ação de Gênero”, “Objetivo Global de Adaptação” e “Mutirão”. Também foram reconhecidos povos indígenas, comunidades locais, mulheres, jovens e pessoas com deficiência.

Os grupos foram destacados por suas contribuições à adaptação climática, assim como por serem impactados de forma desproporcional pelas desigualdades estruturais e pelo racismo ambiental, modelo de discriminação que afeta populações vulneráveis, como minorias étnicas e raciais, através da degradação do meio ambiente e da falta de acesso a serviços básicos.

A inclusão do termo dentro da COP30 ocorre logo após o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Para o Geledés Instituto da Mulher Negra, organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e de pessoas negras em função do racismo e do sexismo, o reconhecimento pode viabilizar políticas públicas voltadas a territórios periféricos e historicamente marginalizados.

Celebrada pelo Ministério da Igualdade Racial, a menção a afrodescendentes na COP30 é resultado também da pressão popular e da articulação de movimentos sociais relacionados à causa.

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