Dos 393 requerimentos aprovados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, na sessão de quinta-feira, 27 de novembro, dois são pedidos de prisão preventiva relacionados a suspeitos de participação no esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.
A presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), Cecília Rodrigues Mota, e o empresário João Carlos Camargo Júnior, apontado por movimentações financeiras ligadas ao esquema, foram os alvos dos pedidos.
Durante a sessão no Congresso Nacional, também foram aprovadas solicitações de acareações, bloqueios de bens e envio de documentos – outros 86 requerimentos foram retirados de pauta para análise posterior.
A CPMI ouviu ainda o contador Mauro Palombo Concílio. Ele fazia a contabilidade de empresas investigadas por operar com valores indevidos descontados dos beneficiários do INSS.
De acordo com dados do Ministério da Previdência, um total de R$ 2,56 bilhões já foi devolvido a mais de 3,75 milhões de vítimas do esquema. Os beneficiários têm até a data milite de 14 de fevereiro de 2026 para efetuar o pedido de ressarcimento pelos canais oficiais do INSS.

