Nesta quarta-feira (3), 2º dia do julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que não há nenhuma prova concreta de envolvimento dele em tentativa de golpe de Estado.
Na sustentação efetuada pelo advogado Celso Vilardi, Bolsonaro teria sido “dragado” ao processo, e as acusações teriam como base apenas uma delação premiada e uma minuta encontrada no aparelho celular de um ex-ajudante de ordens do ex-presidente (Mauro Cid).
Segundo o advogado, o conteúdo das investigações poderia ser traduzido como uma “sucessão inacreditável de fatos”, e que nem mesmo o delator efetuou citação direta a Bolsonaro nos planos investigados, como a “Operação Luneta” ou o episódio de 8 de janeiro.
A defesa do ex-presidente também afirmou não ter tido tempo suficiente para analisar os documentos relacionados ao processo – que somam 70 terabytes – e que também não pode fazer o acesso completo às provas.
O julgamento é parte integrante da denúncia da Procuradoria-Geral da República, que acusa Bolsonaro e mais 33 pessoas quanto à tentativa de golpe de Estado e também de organização criminosa.