Um decreto assinado pelo presidente dos Estados Unidos suspendeu a ajuda externa do país em uma parceria que treinava brigadistas brasileiros para combater incêndios florestais.
A justificativa para o corte foi a de que a ajuda externa dos EUA servia para “desestabilizar a paz mundial ao promover ideias” “contrárias a relações estáveis e harmoniosas” internas e entre as nações.
O Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil, é executado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS, na sigla em inglês) desde 2021, em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e outros órgãos do país. O programa forma brigadistas e oferece capacitação técnica para profissionais que já atuam na linha de frente do combate aos incêndios florestais.
Foram realizados ao menos 51 cursos e treinamentos em parceria com órgãos como o Ibama, a Funai e o ICMBio entre 2021 e 2023. Mais de 3 mil pessoas foram treinadas, principalmente mulheres indígenas, que passaram a atuar como brigadistas em seus territórios.
O Ibama já recebeu um e-mail informando a suspensão das atividades de assistência internacional em razão do decreto de Trump. O governo brasileiro afirmou, porém, que vai remanejar recursos para manter a ação de brigadistas em casos de incêndios florestais.
Em 2024, por exemplo, a fundação USAID destinou US$ 1 milhão para atender às necessidades imediatas das famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.