A cena se repete em várias ruas de Angra dos Reis: fios de telefonia e internet emaranhados nos postes, cabos soltos espalhados pelas calçadas e, em alguns casos, até incêndios na fiação elétrica. Um ouvinte da Rádio Costazul denunciou mais um caso, ocorrido na rua Prefeito João Gregório Galindo, próximo à Capela Mortuária, na Japuíba.
“As empresas fazem a manutenção e deixam os fios jogados pelo chão. A calçada virou depósito de cabos velhos? Estão realmente todos desligados? Lembro da criança que pisou em um desses fios há alguns meses e tomou um choque no Balneário”, questionou o morador.
A prefeitura de Angra dos Reis confirmou, por meio de nota, que houve um princípio de incêndio no cabeamento da via no dia 5 de fevereiro. Técnicos das empresas responsáveis fizeram os reparos, mas deixaram para trás os fios inutilizados. Segundo a prefeitura, uma equipe realizou a limpeza do local no dia seguinte, minimizando o risco à população.
Entretanto, a questão vai além da remoção pontual de cabos. A Lei Municipal nº 4.157/2022 determina que bens abandonados em vias públicas podem ser recolhidos pelo poder público. Já o decreto nº 13.183/2023 estabelece regras para o ordenamento da fiação nos postes, mas, na prática, a desorganização e o abandono continuam.
A administração municipal afirma ter firmado uma parceria público-privada para recolher os fios soltos, mas admite que o processo está sendo reavaliado. Enquanto isso, a Secretaria de Desenvolvimento Regional negocia com a concessionária de energia uma solução definitiva.
Denuncias podem ser enviadas para o canal do Disque-Denúncia (telefone 0300 253 1177), que garante anonimato e visa auxiliar os órgãos fiscalizadores.
O fato é que o problema persiste em diversos pontos da cidade. Até quando a população terá que conviver com calçadas bloqueadas, riscos de choques e incêndios em postes?
