Três operações deflagradas na última semana expuseram a atuação de uma das maiores organizações criminosa do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC), em setores da economia formal do país.
Segundo as investigações, a facção movimentava recursos em fundos de investimentos e em fintechs, empresas com serviços bancários digitais mais ágeis e menos burocráticos do que os bancos tradicionais. Além disso, o PCC também comandava uma parcela da cadeia produtiva de combustíveis.
Desvio de metanol, fraudes fiscais e adulteracão de combustíveis em mais de 300 postos foram apontados pelo Ministério Público, num esquema que teria sonegado nada menos do que R$ 7, 6 bilhões.
A atuação da Polícia Federal no caso registrou ainda muitas movimentações financeiras a partir da utilização de empresas de fachada e fundos de investimento que contavam com patrimônio de até R$ 30 bilhões.
A Receita Federal citou o uso das fintechs na movimentação bilionária fora do sistema regulado e, junto com as demais autoridades que investigam o caso, ressaltou que o combate a esse tipo de atuação depende de maior regulação, fiscalização e rastreamento de transações financeiras atípicas.