Retomado nesta quinta-feira (11), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus da suposta trama golpista de 8 de janeiro de 2022 computou mais um voto no sentido de condenação, formando maioria.
A ministra Cármen Lúcia acompanhou o voto do relator, Alexandre de Moraes, e do Ministro Flávio Dino. Ontem, quarta-feira, 10 de setembro, o ministro Luiz Fux votou contra a condenação de Bolsonaro, mas favorável a de outros réus.
Vale ressaltar que ainda falta o voto do presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, embora a maioria já tenha se decidido pela condenação do ex-presidente e dos outros réus.
A partir do último voto, o STF seguirá para uma nova fase do julgamento, de dosimetria, relacionada à decisão do tempo de pena de prisão de todos os condenados: general Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa do ex-presidente; tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator; ex-comandante da Marinha Almir Garnier; ex-diretor da Abin e deputado federal, Alexandre Ramagem; general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e por último, mas não menos importante, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Os réus condenados poderão ser sentenciados com 43 anos de cadeia caso peguem a pena máxima pelos cinco crimes – golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito, organização criminosa, dano qualificado contra patrimônio da união e deterioração de patrimônio tombado.