A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou o pedido de investigação contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e sua esposa, Viviane Barci de Moraes. A iniciativa estava diretamente ligada ao Banco Master, que foi liquidado pelo Banco Central (BC) por suspeitas de fraude.
A decisão foi tomada pelo procurador-geral Paulo Gonet. A representação havia sido efetuada pelo advogado Enio Murad, cuja alegação ia ao encontro de possível tráfico de influência e advocacia administrativa, apoiada por matérias jornalísticas sobre suposta interferência do ministro em favor da instituição financeira.
No despacho publicado no último sábado (27), Gonet declarou que não há provas e que a representação leva em consideração apenas reportagens sem a presença de elementos concretos – ele também citou a proteção do sigilo de fonte como fato gerador de dificuldade para a apuração.
Segundo Gonet, o contrato da esposa de Moraes com o Banco Master não mostra indício de irregularidade que poderia motivar investigação penal ou administrativa. O ministro, por sua vez, já havia declarado que as reuniões com o BC tinham a ver com a aplicação da Lei Magnitsky, sancionada pelos EUA, não possuindo ligação com temas bancários.

