sexta-feira, setembro 27, 2024
Com Beto Carmona
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Cláudio Castro: MPE aponta indícios de irregularidade nos gastos de campanha

Um relatório do Ministério Público Eleitoral (MPE) revelou possíveis irregularidades nos gastos da campanha de Cláudio Castro (PL) para a reeleição ao governo do Rio de Janeiro em 2022. O governador negou as acusações, afirmando que suas contas foram aprovadas.

Durante investigações, a GloboNews encontrou uma mulher de 65 anos que teria recebido mais de R$ 2,5 milhões do fundo eleitoral, mas que nega qualquer envolvimento na campanha.

Lúcia Helena Siqueira Lopes de Jesus, segundo o MPE, era uma pessoa sem histórico de trabalho registrado até o ano de 2022. Contudo, durante o período eleitoral, ela se tornou a única sócia e administradora da empresa Cinqloc Empreendimentos, que assinou um contrato para fornecer serviços à campanha de Cláudio Castro.

A Cinqloc foi contratada para recrutar e selecionar diversos profissionais, incluindo cabos eleitorais, coordenadores, motoristas, copeiras, recepcionistas e secretárias. O endereço da empresa, localizado em Duque de Caxias, foi alvo de atenção da Procuradoria Eleitoral durante o período eleitoral.

Apesar das controvérsias, Cláudio Castro foi reeleito governador no primeiro turno com cerca de 60% dos votos. No entanto, a Procuradoria Eleitoral acusou Castro e seu vice, Thiago Pampolha, de práticas ilícitas nos gastos da campanha, solicitando a cassação da chapa.

O relatório da Procuradoria apontou indícios de irregularidades nos pagamentos realizados, além de questionar a capacidade operacional das empresas contratadas.

A Justiça Eleitoral, atendendo ao pedido da Procuradoria, determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal de seis empresas que receberam juntas R$ 10 milhões do fundo eleitoral. Recentemente, o primeiro relatório sobre essa quebra de sigilo foi anexado ao processo em andamento.

Segundo o relatório inicial, entre setembro e outubro de 2022, foram identificadas 14 transferências entre a Cinqloc e Lúcia Helena Siqueira Lopes de Jesus, totalizando aproximadamente R$ 2,6 milhões.

Lúcia Helena, ao ser abordada pela reportagem, não forneceu explicações detalhadas sobre o contrato com a campanha. Ela mencionou que a responsável pela gestão do contrato era sua nora, Evandreza Henrique da Silva, que anteriormente fora sócia da Cinqloc.

Evandreza, por sua vez, disputou uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em 2022, mas não foi eleita. Ela também não pôde esclarecer os serviços prestados pela Cinqloc durante a campanha, alegando que na época estava afastada da administração da empresa.

Além disso, a Procuradoria identificou que parte dos recursos repassados à Cinqloc foi destinada a outra empresa, a P5 Soluções. Evandreza afirmou desconhecer detalhes sobre os pagamentos à P5 Soluções, cujo endereço atual é uma casa na comunidade Praia da Rosa, na Ilha do Governador.

Os procuradores continuam investigando o fluxo de dinheiro relacionado à campanha de reeleição de Cláudio Castro, destacando a necessidade de esclarecer a origem e o destino dos fundos públicos utilizados.

Posições dos Envolvidos:

  • A defesa de Cláudio Castro confia na decisão da Justiça Eleitoral, ressaltando a aprovação das contas de campanha em dezembro de 2022.
  • A Cinqloc negou ter feito repasses à sócia-administradora, Lúcia Helena, ou à P5 Soluções, contrariando as acusações apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral.

    Informações via portal G1
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