O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou de uma visita ao canteiro de obras da usina nuclear Angra 3 nesta segunda-feira, dia 13. Acompanhado por autoridades locais e o prefeito angrense, Fernando Jordão (PL), Silveira defendeu a importância da nova usina mas não confirmou a retomada efetiva da obra, paralisada por uma decisão de embargo da prefeitura de Angra dos Reis.
Angra 3 está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, mas ainda está em análise técnica e econômica de viabilidade. Durante a visita, foram discutidas normas técnicas e judiciais necessárias também para a realização do pagamento de contrapartidas sociais previstas no processo de licenciamento.
— Recebemos o ministro de Minas e Energia, juntamente com os prefeitos de Paraty e Rio Claro. Foi uma conversa muito produtiva, e agora vamos aguardar, pois a obra de Angra 3 só trará benefícios para o país. A obra é importante, mas para isso precisamos que a Eletronuclear cumpra seu compromisso junto aos municípios — disse o prefeito Fernando Jordão.
No auditório do Observatório Nuclear, o ministro reiterou o compromisso do governo federal com o investimento em fontes de energia limpa e segura e destacou a importância estratégica das usinas nucleares para garantir a estabilidade no fornecimento de energia nas próximas décadas.
— A energia nuclear é uma fonte de baixa emissão de carbono, contribuindo para os esforços de combate às mudanças climáticas. A conclusão de Angra 3 ajudará o Brasil a cumprir suas metas de redução de emissões, alinhando-se aos compromissos internacionais — destacou o ministro.
Em outubro de 2009, na gestão do ex-prefeito Tuca (2009-12), a Eletronuclear e a prefeitura de Angra dos Reis assinaram um termo de compromisso para o repasse de recursos a serem utilizados em projetos socioambientais na cidade. O valor atualizado dessa contrapartida está em R$ 264 milhões ainda não repassados.
