Em nota divulgada na última terça-feira (23), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que as reuniões que teve com o Banco Central (BC) trataram exclusivamente das consequências da Lei Magnitsky, norma dos EUA que impôs sanções econômicas a ele e familiares.
De acordo com Moraes, o objetivo das reuniões foi garantir o funcionamento de contas bancárias e cartões. O ministro resolveu se manifestar por conta de uma matéria jornalística do jornal O Globo. A reportagem apontou que Moraes teria defendido a compra do Banco Master pelo BRB durante encontros com o presidente do BC, Gabriel Galípolo.
O Banco Master foi liquidado no mês passado por suspeitas de fraude. O ministro negou que o tema da compra tenha sido debatido nas reuniões. Ele disse ter conversado também com representantes do Itaú, Bradesco, BTG, Banco do Brasil, Febraban e da CNF sobre o impacto das sanções norte-americanas.
O Banco Central, por sua vez, confirmou que as reuniões discutiram aspectos da Lei Magnitsky. Moraes reforçou que o intuito dos encontros era resolver questões práticas decorrentes da medida, como o acesso a serviços bancários.

