Números preocupantes para um futuro próximo: de acordo com o boletim da Fundação do Câncer, o Brasil poderá ter um aumento de 36,3% nas mortes por câncer colorretal até 2040, com a maioria dos óbitos acontecendo por conta de diagnósticos tardios.
No documento divulgado nesta terça-feira (5), um levantamento mostra que 78% das vítimas da doença no país foram diagnosticadas nos estágios mais avançados do câncer, o que reduz as chances de cura.
Entre os homens, a mortalidade deve crescer 35%; já entre as mulheres, os números são um pouco maiores, 37,6%. A região Sudeste concentra a maior parte dos casos. O câncer de cólon e reto é o terceiro mais comum no país. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 45 mil novos casos são registrados anualmente no Brasil.
Coordenador da pesquisa da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff aponta que ainda não há um programa nacional de rastreamento, como existe para outros tipos de câncer. As principais armas na detecção da doença são os exames – sangue oculto nas fezes – e a colonoscopia.
A recomendação é que pessoas a partir dos 50 anos realizem exames regulares, mas aqueles quem têm histórico familiar devem efetuar ainda mais cedo, conforme orientação médica.
