A prefeitura de Angra dos Reis, por meio do seu Serviço Autônomo de Água e Esgoto, o Saae, deverá assumir as operações e ativos da Cedae na cidade a partir de janeiro do ano que vem. A expectativa é do presidente do Saae/Angra, o engenheiro Alexandre Giovanetti. Ele tratou deste e de outros temas sobre saneamento em Angra durante entrevista ao programa Talk Show na semana passada.
Giovanetti também comentou os problemas de abastecimento de água na cidade na semana passada, que teriam sido causados por um acidente na rede de distribuição da Banqueta, na Japuíba.
— Esta rede de distribuição que passa pela estrada da Banqueta é muito antiga e, como está em obras a estrada, houve um dano na tubulação, o que levou a suspender a distribuição. É muito complicado de a gente corrigir, tivemos de fibrar para restabelecer a ligação — afirmou.
Em relação ao patrimônio da Cedae na cidade, sobretudo as redes de distribuição, bombas e a barragem da Banqueta, a intenção do município seria pagar até R$ 12 milhões por estes ativos. O passo seguinte seria assumir as operações e pedir até mesmo a cessão de funcionários estaduais para continuarem atuando na rede local.
Em virtude da necessidade de grandes investimentos para aumentar a distribuição de água e o tratamento de esgotos, ele não descarta que, a partir da fusão dos sistemas Saae e Cedae, o município busque uma modelagem de operação com a iniciativa privada.
— No marco regulatório do saneamento tem metas e grandes objetivos. A tendência nacional é buscar a iniciativa privada. Isso não está descartado aqui no município. Após a fusão dos sistemas Saae e Cedae, a partir de 2023, o prefeito vai decidir se continuará com autarquia ou fará uma concessão — afirmou o presidente do Saae/Angra.