A música brasileira perdeu uma de suas vozes mais icônicas nesta quinta-feira (1º): Nana Caymmi morreu aos 84 anos, após nove meses internada na Clínica São José, em Botafogo, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo irmão Danilo Caymmi que, emocionado, compartilhou uma mensagem nas redes sociais: “Estamos todos muito chocados e tristes. Ela passou por um processo doloroso, mas agora descansa. O Brasil perde uma das maiores intérpretes de todos os tempos”.
Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941, Nana cresceu em um ambiente musical — filha do lendário Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, ela herdou o talento da família. Começou a carreira aos 19 anos, quando gravou “Acalanto” no LP do pai. A voz aveludada e interpretação única a consagraram como uma das principais intérpretes da MPB, com clássicos como “Gostoso Veneno”, “Diz que Fui por Aí” e “Essa Nega Quer Me Matar”.
Nos últimos anos, Nana reduziu suas aparições públicas, mas seguia ativa na música. Seu último registro foi em um dueto com Renato Braz, no álbum do cantor. Ela deixa três filhos, duas netas e uma trajetória que influenciou gerações.
