A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (4), a segunda fase da Operação Venire. Trata-se da investigação de uma associação criminosa suspeita de adulterar registros de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. Os mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), visam agentes públicos ligados ao município de Duque de Caxias (RJ), acusados de inserir informações falsas no sistema de imunização.
Segundo a PF, a operação busca identificar novos envolvidos no esquema fraudulento, com um total de dois mandados cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias. A investigação teve início com a primeira fase da Operação Venire em maio do ano passado, que resultou na prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. Na ocasião, também foram realizadas buscas na residência do ex-presidente em Brasília.
A investigação apura a adulteração nos registros de vacinação de Bolsonaro, sua filha Laura e de Mauro Cid, alegadamente realizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, em São Paulo, em julho de 2021. A Prefeitura de São Paulo negou que Bolsonaro tenha sido atendido na UBS e afirmou que a vacinadora mencionada nunca trabalhou lá. O Ministério da Saúde assegurou que todos os registros no sistema do SUS são rastreáveis e requerem cadastro, não havendo indícios de acesso não autorizado durante o período investigado pela PF.