Na intenção de reparar dívidas históricas de emissões de carbono, com foco na redistribuição de recursos para países mais vulneráveis, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reforça a ideia da criação de impostos para super-ricos e grandes empresas.
As taxas financiariam ações de combate às mudanças climáticas. Para financiar a reparação, o Ipea propõe um imposto anual de 2% sobre a fortuna de bilionários, que geraria até US$ 390 bilhões por ano.
Outra proposta que consta no estudo é a adoção global de um imposto mínimo de 15% sobre grandes corporações, que ofereceria um potencial para arrecadar US$ 192 bilhões de dólares anuais.
Efetuado com base na igualdade per capita, o cálculo da dívida climática determina quanto cada país poderia emitir de forma justa desde o ano de 1990. De acordo com o estudo, os Estados Unidos já emitiram 326% acima do permitido – o Brasil excedeu seu limite, com 168% acima do orçamento de carbono, levando-se em consideração o desmatamento.

