A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou, na última semana, uma pesquisa sobre os impactos socioeconômicos das atividades nucleares no país. Entre os principais pontos destacados está a capacidade do setor em contribuir globalmente com o fornecimento de urânio.
Segundo a pesquisa, o setor gera para o Brasil o equivalente a R$2 bilhões de PIB – sendo 80% desse impacto no Rio de Janeiro – e mais de 22 mil empregos. Outro ponto importante destacado na pesquisa foi o retorno que o setor traz para a economia. Para cada R$1 bilhão de investimento na tecnologia há um retorno de R$3,1 bilhões.
“O papel da FGV é prover informações para esclarecer o quanto de impacto têm determinadas atividades econômicas e mostrar os potenciais existentes”, conta o superintendente de pesquisa da FGV Energia, Marcio Lago Couto.
Os especialistas defendem também que o Brasil pode contribuir globalmente com o fornecimento de urânio. A estimativa é que as reservas brasileiras sejam de 277 mil toneladas do mineral, o equivalente a aproximadamente 5% das reservas mundiais. A expectativa é que o mundo demande cerca de 109 mil toneladas de urânio para 2035.
“Esses dados são a chancela da FGV, uma instituição técnica, respeitada e especializada. Temos agora um documento que comprova a importância do investimento no setor nuclear e do reflexo para a economia. Os efeitos são em todo o país, mas o epicentro é o Rio de Janeiro, estado onde estão localizadas as usinas nucleares”, explica o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo Leite.