De acordo com estudos recentes, que contaram com a participação de pesquisadores brasileiros, a doença de Alzheimer pode ser diagnosticada com exames de sangue. A pesquisa, que reúne mais de 110 análises e 30 mil pacientes, contou com a participação de oito profissionais do país e foi publicada em revistas científicas internacionais.
O método utilizado para a detecção da doença está ligado ao uso da proteína p-tau217 como marcador. O avanço referente à técnica poderá facilitar o diagnóstico precoce e ser utilizado no Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualmente, os exames disponíveis para o diagnóstico da doença são a punção lombar e a tomografia, ambos apresentando dificuldade de aplicação em larga escala pelo SUS. O novo teste, que será mais acessível, demonstrou nível de confiabilidade superior a 90%.
A baixa escolaridade foi apontada como o principal fator de risco para o Alzheimer no Brasil, superando idade e sexo. Na opinião dos cientistas, o cérebro com mais estímulo educacional cria mais resistência ao declínio cognitivo.
A expectativa é que o exame esteja disponível no SUS em alguns anos. Os testes seguirão sendo efetuados em pessoas acima de 55 anos, na intenção de mapear os estágios iniciais da doença.