quinta-feira, novembro 14, 2024
Com Beto Carmona
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Polícia Federal investiga explosões na Praça dos Três Poderes com uso de tecnologia 3D

A Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação detalhada sobre as explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes e no Anexo 4 da Câmara dos Deputados, em Brasília, na noite desta quarta-feira (13). Peritos criminais atuarão com técnicas semelhantes às usadas na análise dos ataques aos prédios dos Três Poderes, em janeiro de 2023, visando recriar o cenário para compreender a dinâmica dos fatos.

Entre as primeiras ações da PF no local estão a coleta de vestígios, para isso, profissionais do Instituto Nacional de Criminalística (INC), especializados em perícia de locais de crime e análise de bombas e explosivos, foram acionados. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso, e os vestígios serão analisados em laboratório para determinar o tipo de explosivo, sua origem e quaisquer indícios de planejamento e autoria.

Em publicação nas redes sociais, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, manifestou confiança nas investigações da PF e destacou informações preliminares. Segundo ele, o veículo com explosivos pertence ao ex-candidato a vereador Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, do Partido Liberal (PL) de Rio do Sul, cidade de Santa Catarina. E, acredita-se, que o autor do ataque seja o mesmo homem que tentou entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) e detonou explosivos nas proximidades. Pimenta afirmou que outras respostas sobre o caso deverão ser esclarecidas pela PF nos próximos dias.

Explosões e resposta das autoridades

As explosões aconteceram por volta das 19h30, primeiro no Anexo 4 da Câmara dos Deputados e, em seguida, em frente ao STF, onde o autor acionou explosivos presos ao próprio corpo. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros interditaram a Esplanada dos Ministérios, enquanto as equipes de perícia trabalhavam na área. O STF informou, em nota, que houve dois estrondos ao final da sessão do dia, e, por cautela, retirou ministros e servidores do prédio.

Na mesma noite, a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, afirmou que a identidade do corpo encontrado no local ainda não havia sido confirmada. O secretário executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury, também reforçou que, até o momento, não é possível estabelecer a identidade do autor do ataque.

Histórico do suspeito e contato com a família

Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, é ex-candidato a vereador pelo PL de Rio do Sul (SC). Familiares confirmaram à Agência Brasil que o filho de Tiu França foi avisado sobre um acidente envolvendo o pai em Brasília, e o veículo usado na explosão foi reconhecido por eles nas imagens exibidas na TV.

A investigação prossegue, com o Instituto Nacional de Criminalística empenhado na análise dos vestígios e na coleta de provas que ajudem a esclarecer a motivação e os detalhes do ataque, bem como a identificar possíveis cúmplices na ação.

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