Fonte: Click Petróleo e Gás
A gigante Maersk e o TPAR assinaram na última segunda-feira (29), um acordo para transformar o Terminal Portuário de Angra dos Reis (TPAR), administrado pelo grupo Splenda Port, em uma das principais bases de apoio offshore do país. Os investimentos prometem gerar vagas de emprego e trazer de volta a dignidade de várias famílias que sofreram com as demissões do estaleiro Brasfels, causado pela crise da construção e produção no setor naval brasileiro.
“Estamos investindo em melhorias operacionais e estruturais para ampliar a capacidade do Terminal Portuário de Angra dos Reis de operar com navios de maior porte. Nosso objetivo é transformá-lo na principal base de apoio offshore do Brasil”, disse o CEO do TPAR e sócio da Splenda Port, Paulo Narcélio.
Porto de Angra dos Reis será base de apoio das operações de pré-instalação do sistema de amarração do FPSO Sepetiba, em construção na China, pela SBM.
O projeto prevê além de investir na melhora das instalações do porto, ser a base de apoio das operações de pré-instalação do sistema de amarração do FPSO Sepetiba, em construção na China pela SBM.
A previsão é que o projeto se inicie em janeiro de 2022, a partir da etapa de instalação da pré-ancoragem dos torpedos e linhas para o FPSO, e os trabalhos devem durar cerca de sete meses.
O TPAR Porto de Angra administrado pela Splenda Offshore desde 2020, logo após a saída da Technip em 2019, possui uma localização estratégica aos campos gigantes do Pré-sal da Bacia de Santos.
A unidade também dispõe de uma área total de 87 mil m², 400 m de extensão de cais e disponibilidade de berço para atracação e retroárea. Recentemente, o grupo Splenda adquiriu uma planta de fluidos e prevê também aumentar o calado do terminal ainda em 2021, passando de 8,5 metros para 10 metros. Uma expansão da área de armazenagem em mais 50 mil m2 e melhorias gerais também estão nos planos do TPAR.
O FPSO Sepetiba tem capacidade diária de processamento de até 180 mil barris de petróleo, injeção de água de 250 mil barris e tratamento de 12 milhões de metros cúbicos de gás natural, além de capacidade mínima de armazenamento de 1,4 milhões de barris de petróleo bruto. A unidade será instalada no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos.
Petrobras informou o início da fabricação no Brasil dos módulos de produção da plataforma P-78, no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), que irá operar no maior ativo em águas profundas do mundo
Boas notícias para a construção naval brasileira! A gigante do petróleo brasileiro Petrobras informou ontem à noite, em fato relevante ao mercado, o início da fabricação no Brasil dos módulos de produção da plataforma P-78, no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ).
De acordo com o anuncio da estatal, os módulos são unidades responsáveis pelo processamento de óleo, gás e água e compõem, junto com o casco, as utilidades e o flare, toda a estrutura de uma plataforma flutuante desse tipo. Essa etapa da obra prevê a fabricação simultânea de dez módulos, dos 21 previstos para a P-78, e deve ser concluída em cerca de 20 meses.
A construção dos demais módulos, do casco e a integração da plataforma P-78, da Petrobras, serão realizados na China, Coreia do Sul e Cingapura
A construção dos demais módulos, do casco e a integração serão realizados na China, Coreia do Sul e Cingapura. A obra será concluída atendendo ao índice de conteúdo local previsto para o campo de Búzios, na Bacia de Santos, onde a plataforma será instalada. A expectativa é que a plataforma seja entregue em 2024, com início da produção em 2025.
“A P-78 é a primeira da nova geração de FPSOs da Petrobras, fruto de mais de dez anos de aprendizado nos ciclos de projeto, construção, partida e operação de plataformas de produção no pré-sal. A unidade incorpora as melhores soluções técnicas e de gestão de engenharia identificadas por meio do programa corporativo Projeto Referência, que culminou com a definição de um modelo de unidade de produção a ser utilizada no pré-sal. Para o FPSO de referência, focamos em maximizar o valor econômico dos projetos de desenvolvimento de produção, enquanto incorporamos novas tecnologias de baixo carbono, maior eficiência e compatibilizamos os sistemas à magnitude e complexidade dos poços do campo Búzios”, afirmou o Diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras, João Henrique Rittershaussen.
Navio plataforma P-78 terá capacidade de processamento diário de 180 mil barris de óleo e de 7,2 milhões de m³ de gás
Com capacidade de processamento diário de 180 mil barris de óleo e de 7,2 milhões de m³ de gás, a P-78 incorpora soluções que abrangem a ampliação da eficiência energética, novas tecnologias de separação e reinjeção de CO2, redução da queima de rotina, entre outras. O projeto prevê, ainda, a interligação de 13 poços ao FPSO, sendo 6 produtores e 7 injetores, por meio de uma infraestrutura submarina composta por dutos rígidos de produção e de injeção e dutos flexíveis de serviço.
Campo de Búzios é um ativo de classe mundial, e deve chegar ao final da década com a produção diária acima de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia
O campo de Búzios é um ativo de classe mundial, com reservas substanciais, baixo risco e baixo custo de extração. Deve chegar ao final da década com a produção diária acima de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia, tornando-se o ativo da Petrobras com maior produção.
Atualmente, há quatro unidades em operação em Búzios, que respondem por mais de 30% da produção total da Petrobras. A quinta e sexta plataformas previstas para o campo (FPSOs Almirante Barroso e Almirante Tamandaré) estão em construção. Os módulos da oitava unidade (FPSO P-79) começarão a ser fabricados ainda em 2021, enquanto a nona unidade (FPSO P-80) se encontra em processo de contratação.