Na última semana, após ministrar palestra no Fórum de Academias de Ciências do Brics, no Rio de Janeiro, a presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Denise Pires de Carvalho, precisou efetuar uma orientação realista quanto à possibilidade da troca do destino de bolsistas brasileiros que viajam ao exterior para estudar.
Ela alertou aos pesquisadores brasileiros com viagem marcada para os Estados Unidos para que busquem alternativas, por conta da maior rigidez das regras para estrangeiros iniciada no governo Trump.
O aviso tem caráter preventivo, já que, apesar de ainda não haver registro de bolsistas com visto negado, o endurecimento pode afetar estudantes que embarcam em setembro rumo ao país.
A presidente da Capes também apresentou dados sobre a desigualdade regional na pós-graduação: dos mais de 7 mil cursos de mestrado e doutorado no país, quase 3 mil estão concentrados no Sudeste, enquanto a Região Norte possui apenas 289. A ampliação de bolsas de pós-doutorado para programas de excelência na Região Norte e em cidades com baixo IDH está entre as iniciativas do órgão para tentar reduzir essa disparidade.
