Com a expectativa de um verão intenso, especialistas alertam para a importância de redobrar os cuidados contra os raios ultravioleta (UV) no Rio de Janeiro. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que, no estado do Rio, são estimados 23.590 novos casos anuais de tumor de pele não melanoma entre 2023 e 2025, além de 470 diagnósticos de melanoma, a forma mais grave da doença.
A oncologista Andreia Melo, da Oncoclínicas Rio de Janeiro, destaca medidas preventivas essenciais, como evitar exposição solar entre 10h e 16h, utilizar protetor solar em todas as áreas expostas e reaplicá-lo a cada duas horas. Também é recomendado o uso de roupas de proteção, chapéus e óculos escuros, além de manter consultas regulares com um dermatologista para o diagnóstico precoce.
“Os tumores de pele não aparecem imediatamente após a exposição ao sol, mas anos depois. Por isso, o diagnóstico precoce é crucial, especialmente no caso de melanomas, que têm alta taxa de mortalidade”, reforça a médica.
O câncer de pele no Brasil
O câncer de pele não melanoma é o tipo de tumor mais frequente no Brasil, representando 31,3% de todos os casos registrados, segundo o INCA. Já o melanoma, apesar de menos comum, é altamente agressivo e pode levar à morte rapidamente se não tratado.
Medidas de proteção recomendadas:
- Evitar exposição solar desprotegida entre 10h e 16h.
- Utilizar roupas de proteção, chapéus e óculos com filtro UV.
- Aplicar protetor solar com FPS 30 ou superior, reaplicando a cada duas horas.
- Observar o corpo regularmente em busca de pintas ou manchas suspeitas.
- Consultar um dermatologista anualmente para avaliação completa.
Avanços no combate ao melanoma
Estudos recentes apresentados pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) mostram avanços promissores no tratamento do melanoma. Pesquisadores da Universidade de Nova York desenvolveram uma vacina experimental com tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), combinada à imunoterapia com pembrolizumab. O estudo revelou que 75% dos pacientes tratados permaneceram livres da doença após três anos.
Os ensaios clínicos de fase III seguem em andamento, com participantes recrutados em diversos países, incluindo o Brasil.
Com os alertas de temperaturas extremas e a alta incidência de raios UV, especialistas reforçam a importância de medidas preventivas e da detecção precoce para salvar vidas.