Os professores e funcionários da área administrativa da rede estadual de ensino do Rio decidiram nesta quinta-feira, dia 11, entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima quarta-feira, dia 17.
Mais de mil profissionais de educação compareceram à assembleia. A categoria reivindica do governador Cláudio Castro (PL) a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionários administrativos, tendo como referência o salário-mínimo nacional.
Em reunião com a secretária de Estado de Educação, Roberta Pontes, e representantes da Casa Civil, o governo apresentou ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) o projeto de incorporar o piso nacional do magistério. No entanto, o projeto do governo não incorpora o piso a todas as carreiras. O governo, segundo o Sepe, quer apenas reajustar os salários que estão abaixo do piso. Com isso, quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste – segundo a Secretaria estadual de Educação (Seeduc), apenas 33% dos aposentados e 42% da ativa receberiam o reajuste.
O Sepe afirma que o Rio de Janeiro paga o pior salário do Brasil para os educadores da rede estadual. Enquanto o piso nacional é de R$ 4.420,55, o professor de uma escola estadual tem um piso de R$ 1.588 como vencimento base (18 horas semanais). Os funcionários administrativos (serventes, merendeiras, porteiros, inspetores de alunos etc), em sua maioria, recebem um piso menor do que o salário-mínimo, no valor de R$ 802. O estado do Rio tem 1.230 escolas estaduais, com 23 mil turmas e mais de 678 mil alunos nos 92 municípios fluminenses.