A tragédia no show de Taylor Swift no Rio de Janeiro, que levou à morte da fã Ana Clara Benevides, está sob investigação. Cinco dias após o incidente, a Delegacia do Consumidor (Decon) começou a apurar as responsabilidades da empresa organizadora do evento, Time for Fun (T4F). Há suspeitas de que a T4F pode ter colocado em risco a segurança dos fãs, especialmente considerando a falta de água em um dia de calor intenso, com temperaturas chegando a sensação térmica de 60º C.
Há discussões sobre o envolvimento de Taylor Swift no caso. Segundo o especialista em direito do consumidor Daniel Romano Hajaj, a artista pode ser chamada para esclarecer sua participação no evento. Apesar de Taylor ter expressado seu pesar no Instagram, ela não contatou a família da vítima para oferecer apoio. Por outro lado, a organização do evento teria oferecido apenas suporte psicológico à família da fã.
“Todos os envolvidos podem e devem ser acionados judicialmente, inclusive a cantora. Essa possibilidade é prevista no próprio Código de Defesa do Consumidor, que fala que todos os integrantes da cadeia de fornecedores respondem pelos danos, e é exatamente o que ocorre no caso. São várias as empresas envolvidas na realização do show”, destaca Romano Hajaj. Ele também ressalta que a cantora pode ser responsabilizada até por homicídio culposo, que ocorre quando não há intenção de matar.
“A cantora pode ser intimada e acionada, até porque, certamente, sua equipe acompanhou e aprovou o layout do palco e dependências do estádio. Ela pode responder no âmbito penal, por homicídio culposo, e no cível, arcando com uma indenização por danos morais e materiais aos familiares, já que falamos de uma jovem de apenas 23 anos, com um futuro promissor pela frente”, acrescenta Romano Hajaj em entrevista ao R7.
Ana Clara Benevides teve um mal-estar durante a segunda música do show de Taylor Swift no Estádio Nilton Santos, conhecido como Engenhão. Ela foi atendida por bombeiros e encaminhada a um posto médico no estádio, onde sofreu uma parada cardíaca e foi reanimada. Posteriormente, foi levada ao Hospital Salgador Filho, mas não resistiu.
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Fonte: emoff.meionorte.com
