Moradores prejudicados pelo tornado que devastou cidades do Paraná na sexta-feira (7) poderão sacar parte do FGTS por meio do Saque Calamidade, modalidade que permite o resgate do Fundo de Garantia por conta de um desastre natural.
O anúncio foi feito no sábado (8), durante visita da ministra das Relações Institucionais Gleisi Hoffmann a Rio Bonito do Iguaçu, cidade onde cerca de 90% da área urbana foi destruída.
Os ventos chegaram a 250 km/h e deixaram seis mortos e mais de 750 feridos. A medida tem como objetivo oferecer alívio imediato às famílias atingidas e já conta com ações da Caixa Econômica para agilizar o processo.
Além do FGTS, o INSS também está se mobilizando para garantir benefícios aos atingidos. A Força Nacional do SUS segue atuando no local que, de acordo com a estimativa da Defesa Civil, conta com mil desalojados e 28 desabrigados.
A liberação do FGTS depende do reconhecimento da situação de calamidade pelo governo federal e da habilitação do município junto à Caixa. Os cadastros relacionados à iniciativa estão sendo sendo efetuados no Ginásio do Bugre, em Rio Bonito do Iguaçu.
A reconstrução das moradias, escolas e unidades de saúde deverá contar também com recursos federais emergenciais. A prefeitura do município coordena os atendimentos à população com apoio estadual e federal.
COP30: um tornado como abertura não oficial e alerta global
O tornado que atingiu o estado do Paraná dois dias antes do início da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) aumentou a pressão por decisões concretas no enfrentamento das mudanças climáticas.
O fenômeno que deixou um rastro de mortes e destruição no país poderá soar como um exemplo real de urgência por medidas efetivas, funcionando como um triste alerta para a necessidade máxima de atenção à questão ambiental.

