sexta-feira, novembro 22, 2024
Com Beto Carmona
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Três casos da variante Delta são identificados em Angra dos Reis

A Secretaria de Saúde de Angra dos Reis confirmou três casos da variante Delta no município.A prefeitura reforça que todas as orientações protetivas devem ser mantidas.

Segundo informou o governo, para tratar possíveis casos de infecção, Angra mantém ativos 55 leitos públicos exclusivos destinados à covid-19 e também estruturas de pré-atendimento à população no Parque Mambucaba, Jacuecanga e Centro.

Mas afinal, o que é a variante Delta?

Presente em mais de 100 países, incluindo o Brasil, a variante delta preocupa por ser mais transmissível do que as outras cepas do vírus da covid-19. A mutação já está presente no Brasil e virou preponderante em muitos territórios que tinham a doença controlada, mas agora registram aumento de casos.

A variante delta é uma das chamadas “variantes preocupantes” classificadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) por terem a possibilidade de gerar reinfecção em quem já teve a doença ou de possivelmente escapar da cobertura vacinal —nos países com vacinação mais avançada, contudo, a grande maioria dos casos novos são em pessoas que ainda não se vacinaram completamente com as duas doses.

Quais os principais sintomas da variante delta da covid-19?

Os principais sinais e sintomas são febre, dor de cabeça, coriza e dor de garganta. Com a variante delta, os casos têm menor ocorrência de tosse e perda de paladar e olfato.

Esse quadro pode ser confundido com um resfriado comum, o que acaba levando muitas pessoas a não procurar atendimento e à possibilidade de contaminar outras sem saber que estão com covid. É importante fazer os testes de detecção para estabelecer o diagnóstico correto.

Quais são as maiores preocupações em relação à variante delta?

Segundo alguns estudos preliminares, a variante delta pode ser de 50% a 100% mais transmissível do que as demais cepas do Sars-Cov-2. A preocupação é que ela faça voltar a alta incidência de casos e force uma nova onda da crise sanitária, aumentando, inclusive, o número de internações.

Além disso, preocupa o risco de a variante delta se tornar dominante no Brasil. Ela já é considerada predominante em alguns países, como Índia, Reino Unido, Israel, México, Bélgica e Estados Unidos.

Por que a variante delta é mais transmissível?

Um estudo apresentado pela OMS e pelo Imperial College, de Londres, mostrou que a variante delta é mais transmissível que as demais por possuir mutações na região do genoma responsável pela produção da proteína S (ou spike), localizada na superfície da membrana do Sars-CoV-2. Este é o local de aderência do vírus à célula humana.

Dessa forma, as mutações aumentam a capacidade viral de infectar células com adesão aos receptores celulares humanos, gerando maior transmissão e maior facilidade de escapar do sistema imune.

A variante delta provoca casos mais graves ou mais mortes?

Os cientistas ainda estudam essa possibilidade. Um estudo inicial do CDC (Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos) já indicou que a variante delta tende a causar casos mais graves entre não-vacinados, se comparada a outras variantes e à cepa original.

As vacinas têm eficácia contra a variante delta?

Sim, as vacinas são capazes de abrandar a força dessa nova variante, no mínimo parcialmente. Todas elas conseguem evitar o aumento do número de casos graves, frisando a necessidade de aplicação da segunda dose —com exceção da vacina da Janssen, que é dose única. As pessoas que já receberam o esquema completo de vacinação e venham a ser contaminadas pelo vírus terão sintomas mais leves. Por isso é fundamental acelerar o ritmo de vacinação.

Um estudo publicado no Reino Unido em julho apontou que a eficácia das vacinas de Pfizer e AstraZeneca com apenas uma dose cai sensivelmente para a variante Delta, ficando próximo aos 30%. Já com as duas doses a eficácia se assemelha à vista nos estudos com a cepa original.

Já o CDC apontou que os vacinados podem espalhar a variante delta quase na mesma proporção que os não-vacinados por terem níveis altos de cargo viral. A diferença é que os casos entre vacinados são leves em comparação com quem não tomou vacina. 

O Butantan iniciou recentemente um estudo para medir a eficácia da CoronaVac contra a variante Delta, mas dados iniciais do fabricantes indicam que a vacina consegue atuar contra a mutação.

As informações são de Helena Brígido, médica infectologista, membro da Diretoria da Sociedade Paraense de Infectologia e docente da UFPA (Universidade Federal do Pará); Renato Grinbaum, médico infectologista, consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia); e Ricardo Kuchenbecker, professor de epidemiologia da Faculdade de Medicina da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Vacinação e medidas de prevenção ainda são as melhores maneiras de evitar o contágio 

Atualmente a cidade de Angra está vacinando pessoas com 19 anos com a primeira dose da vacina contra a covid-19.

Os moradores devem comparecer a um dos Centros de Especialidades Médicas (Japuíba, Centro, Jacuecanga e Parque Mambucaba), sem necessidade de agendamento, até as 16h, ou agendar o procedimento no posto de saúde mais próximo.

Confira os detalhes clicando aqui.

Para a vacinação é necessária a apresentação de RG, CPF e comprovante de residência.

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