O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) intensificou este ano as fiscalizações no setor de azeite de oliva e já emitiu 48 autos de infração a empresas por adulteração. As irregularidades envolvem a adição de outros óleos vegetais de origem desconhecida ao azeite de oliva, prática que já levou à apreensão de aproximadamente 100 mil litros do produto e à proibição de venda de 29 marcas.
Em março, uma operação destacada, chamada Getsêmani, em parceria com as polícias de São Paulo e Rio de Janeiro, resultou na apreensão de 60,6 mil litros de azeite extravirgem e 37,5 mil litros de óleo de soja em uma fábrica clandestina em Saquarema (RJ). Estima-se que o volume encontrado permitiria a produção de cerca de 196 mil garrafas de azeite falsificado.
Na última terça-feira (22), o Mapa publicou uma lista com lotes de 12 marcas de azeite de oliva, indicando que os testes realizados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária confirmaram a presença de outros óleos vegetais, oferecendo riscos aos consumidores. A coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal do Mapa, Ludmilla Verona, informou que a fraude é geralmente realizada no Brasil, onde importadoras e envasadoras adicionam óleos para aumentar o volume do produto.
A coordenadora alerta ainda para a possibilidade de uso de rótulos falsificados, reforçando a importância de verificar os dados do lote e da empresa responsável pela comercialização.
Recomendações ao consumidor
O Mapa orienta que consumidores interrompam o uso dos azeites das marcas proibidas e procurem substituição nos estabelecimentos onde adquiriram o produto. Para evitar fraudes, a pasta recomenda desconfiar de preços muito baixos, conferir o registro da empresa, evitar azeite a granel e preferir produtos com data de produção recente e informações claras no rótulo.