O governo federal vai investir R$ 870 milhões em repasses a estados e municípios para o custeio de novas especialidades na atenção básica à saúde – incluindo cardiologistas, dermatologistas, endocrinologistas, infectologistas e homeopatas. As equipes, atualmente, são compostas por nutricionistas, fisioterapeutas, pediatras, psicólogos, ginecologistas e farmacêuticos. Em municípios como Angra dos Reis e Paraty, a atenção básica é feita pelos postos do programa Saúde da Família (ESF’s). De acordo com o ministério, com a reconstrução e reformulação da estratégia, agora chamada de eMulti, a expectativa é que 4 mil equipes multiprofissionais voltem a se organizar e prestar o atendimento em todo país.
Para o ministério, a retomada das equipes multiprofissionais é fundamental para assegurar o cuidado integral, aumentando a resolutividade na atenção primária por meio de atendimentos especializados em unidades básicas de saúde (UBS).
— Muitos municípios, mesmo com a desestruturação dessa estratégia no último governo, mantiveram as equipes multiprofissionais funcionando. Agora, com a retomada do investimento, essas equipes poderão ser reorganizadas — prevê o Ministério.
A portaria estabelece diretrizes para custeio e implantação das equipes que serão classificadas em três modalidades, de acordo com a carga horária, vinculação e composição profissional. Os repasses mensais do governo federal para custeio dessas equipes vão variar entre R$ 12 mil e R$ 36 mil, podendo mudar de acordo com indicadores de desempenho de cada localidade.
Entre os profissionais que poderão ser incluídos nas equipes estão arte educador; assistente social; farmacêutico clínico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico acupunturista; cardiologista; dermatologista; endocrinologista; geriatra; ginecologista/obstetra; hansenologista; homeopata; infectologista; pediatra; psiquiatra; veterinário; nutricionista; profissional de educação física na saúde; psicólogo; sanitarista; e terapeuta ocupacional.