sexta-feira, novembro 22, 2024
Com Beto Carmona
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Entenda sobre o “Jogo do Tigre” e a investigação de celebridades envolvidas

O recente caso de detenção de influenciadores digitais acusados de induzir pessoas a participar do “Jogo do Tigre”, um jogo virtual promissor, está causando alvoroço entre celebridades. Essa prática, vista como ilícita pelas autoridades brasileiras, vem se popularizando nas redes sociais, com figuras públicas oferecendo orientações sobre como jogar.

Esses influenciadores, chamados de “promotores”, recebiam de R$ 10 a R$ 30 por cada inscrição realizada nas plataformas, conforme revelou uma investigação do programa “Fantástico”.

No dia 19 de novembro, a polícia confiscou carros e dinheiro de dois influenciadores, membros de um grupo que movimentou cerca de R$ 12 milhões em seis meses. Investigados por envolvimento em jogos ilegais, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, os influenciadores estão no centro da polêmica.

Figuras como Neymar, Mel Maia, Felipe Neto, Viih Tube, Carlinhos Maia, GKay, MC Poze do Rodo, Orochi, MC Mirella, e times como Santos Futebol Clube, Botafogo e Atlético-GO, foram mencionados. Alguns chegaram a defender a empresa em questão.

Após a prisão de um grupo por promover apostas no Jogo do Tigre, Carlinhos Maia falou sobre o assunto: “Esse negócio do Tigrinho que passou no ‘Fantástico’ não tem nada a ver comigo, tá gente? Eu faço o Esporte da Sorte, que por sinal, é o mesmo que está na Rede Globo de Televisão, que está no ‘Big Brother Brasil’”.

Felipe Neto também se manifestou: “Um dia vocês vão descobrir que os ataques à Blaze foram coordenados. Há intenção por trás, há interesse. A Blaze é igual a todos os sites de apostas e cassinos do mundo. Por que perseguir só um site? Todos são cassinos, todos têm reclamações (como qualquer empresa), todos representam risco, nenhum pode ser processado porque não há regulação no Brasil, todos estão em paraísos fiscais justamente pela falta de regulação”, escreveu ele, mas depois se arrependeu e apagou a publicação.

Importante ressaltar que o envolvimento de celebridades com a plataforma não implica necessariamente em prisão, como ocorreu com os influenciadores do “Jogo do Tigrinho”.

A Blaze, um site de cassino virtual e apostas esportivas, opera legalmente devido a uma brecha na legislação, pois está sediada no exterior e funciona online. A empresa informa ter mais de 40 milhões de usuários.

A Polícia Civil de São Paulo investiga a participação de influenciadores como Deolane Bezerra, Dayanne Bezerra, Débora Paixão, MC Gebê, Alannis Proença, Emerson Preto e Alyne Lary em crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e delitos financeiros.

A investigação, conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Fraudes Financeiras e Econômicas do DEIC, revelou que os influenciadores utilizam suas redes sociais para promover links de apostas, prometendo altos retornos financeiros, mas sem responsabilidade sobre os pagamentos dessas plataformas.

“Oportunistas buscam lucro ilegal através das redes sociais, como Instagram e Facebook, para promover jogos de azar não autorizados, o que caracteriza a infração penal digital ‘jogo do bicho online’”, destaca um trecho do documento da investigação.

Por fim, a polícia paulista solicitou o bloqueio judicial dos perfis de vários influenciadores nas redes sociais.

Foto:   Reprodução

Fonte: ofuxico.com.br

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