O presidente da Argentina, Javier Milei, enfrentou a primeira greve de seu governo nesta quarta-feira (24/1). Coordenada pelo sindicato da Confederação Geral do Trabalho (CGT), maior movimento sindical do país, a paralisação durou 12h e mobilizou a população para o Centro de Buenos Aires.
A principal reivindicação do grupo é em relação aos cortes de gastos e de privatização apresentados pelo presidente, que se elegeu ao prometer impulsionar a economia. A Argentina tem hoje a maior inflação do mundo, de 211% ao ano.
Bancos, hospitais, serviços públicos e transportes foram afetados. As companhias aéreas cancelaram centenas de voos. Apenas para o Brasil foram 33 deles.
Os sindicalistas garantem que com as ações de Milei, a pobreza e o trabalho informal cheguem a 90% da população argentina. “Não existe criação de empregos, o que existe é miséria generalizada. Não existe medidas para mitigar os danos que estão causando”, afirma o sindicalista Hugo Yasky.
Já o governo afirma que as medidas de austeridade são necessárias, após anos de gastos excessivos que deixaram a Argentina com enormes dívidas com credores locais e internacionais, incluindo um acordo de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).