sexta-feira, novembro 22, 2024
Com Beto Carmona
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Campanha Agosto Verde destaca importância do diagnóstico precoce de linfoma

O linfoma, um dos dez tipos mais frequentes de câncer no Brasil, deve registrar 15.120 casos somente em 2024. Para alertar a população sobre esta doença, a campanha Agosto Verde-Claro promove a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

O linfoma é um câncer do sangue que pode progredir para sintomas como febre inexplicável no final do dia, suor noturno e perda de peso súbita. A campanha destaca a importância da detecção precoce, recomendando atenção a sinais iniciais como nódulos indolores em áreas como pescoço, axilas e virilhas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lidera a iniciativa Agosto Verde-Claro para ampliar o conhecimento sobre o linfoma. Segundo a hematologista Renata Lyrio, da Oncologia D’Or, nódulos podem estar associados a infecções, mas é crucial consultar um oncologista se houver crescimento espontâneo e progressivo desses nódulos, especialmente na ausência de outras queixas infecciosas, além de febre e perda de peso.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o Epcoritamabe, um anticorpo biespecífico para o tratamento do linfoma difuso de grandes células B, uma forma agressiva da doença. Este medicamento inovador, criado por engenharia genética, atua ligando-se tanto ao tumor quanto às células T do sistema imunológico para combater as células cancerígenas. Espera-se que, em breve, a terapia seja aprovada para outros tipos de linfoma e em estágios mais precoces de tratamento.

Os linfomas se originam nos linfócitos, células brancas do sangue, e se desenvolvem nos gânglios linfáticos. Dividem-se em linfoma de Hodgkin, que representa cerca de 20% dos casos e geralmente afeta jovens e idosos, e linfomas não Hodgkin, que englobam diversas neoplasias e se tornam mais frequentes com a idade. A maioria dos linfomas não Hodgkin afeta as células B, responsáveis pela produção de anticorpos, enquanto uma menor parcela afeta as células T, que atacam microorganismos e células anormais.

Os linfomas podem ser classificados como agressivos, que se espalham rapidamente e necessitam de tratamento imediato, ou indolentes, que crescem lentamente e requerem acompanhamento regular. Os tratamentos disponíveis incluem quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo, radioterapia, transplante de células-tronco e terapia celular, como a CAR-T-cell.

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