O corpo da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 19 dias, foi encontrado nesta terça-feira (15) dentro de um armário no quintal da casa da família, em Novo Lino, interior de Alagoas. A mãe da bebê, Eduarda Oliveira, confessou à polícia ter asfixiado a filha com um travesseiro. A informação foi confirmada pela Polícia Civil em coletiva de imprensa.
A bebê estava desaparecida desde a última sexta-feira (12). Inicialmente, a mãe afirmou que a filha havia sido sequestrada por ocupantes de um carro na BR-101. Ao longo das investigações, no entanto, ela mudou de versão pelo menos sete vezes, segundo os investigadores. A confissão ocorreu durante depoimento, após Eduarda passar mal e ser atendida por uma equipe médica.
Após confessar o crime, Eduarda indicou onde o corpo estava escondido: enrolado em um saco plástico, dentro de um armário no quintal da residência, ao lado de produtos de limpeza. A polícia ainda investiga por que o corpo não foi encontrado durante as buscas iniciais, que contaram inclusive com o apoio de cães farejadores.
A perícia do Instituto Médico Legal (IML) ainda vai confirmar a causa da morte, mas a principal hipótese é de asfixia. A mãe foi presa e será transferida para uma unidade prisional feminina em Maceió, onde aguardará a audiência de custódia, marcada para esta quarta-feira (16). Ela deverá responder por homicídio ou infanticídio, além de ocultação de cadáver.
A depender do resultado de exames psicológicos e psiquiátricos, Eduarda poderá ser submetida a tratamento médico, caso seja diagnosticada com depressão pós-parto, o que pode impactar na definição da pena.
O pai da bebê, que estava em São Paulo a trabalho, chegou a Novo Lino no fim de semana. Ele não chegou a conhecer a filha e, segundo a polícia, não é suspeito do crime. As investigações prosseguem para esclarecer se houve participação de terceiros.